A grande entrevista
John Stevens, o homem designado para conduzir a entrevista, que mais tarde recebeu o título de Lord Stevens, liderava o Scotland Yard na época. A entrevista ocorreu no dia 6 de dezembro de 2005, logo após o Príncipe Charles ter se casado com Camilla Parker-Bowles, atual Rainha Consorte. Era um momento de atenção renovada para a realeza. Stevens, com sua experiência e discernimento, era o homem certo para o trabalho, buscando discernir a verdade nos mistérios que cercavam Diana. Muitos estavam ansiosos pelos resultados da entrevista, e o clima era tenso. Cada detalhe da conversa foi analisado, cada palavra pesada, enquanto as revelações iam se desdobrando.
Somente após longos anos de espera e investigações, em agosto de 2021, Lord Stevens decidiu abrir completamente o jogo e detalhar à imprensa o episódio. Suas revelações não só indicavam a magnitude do caso, mas também mostravam a necessidade de manter tais informações sob sigilo devido à relevância do encontro e seus envolvidos.
Uma situação única
“A entrevista foi única,” revelou Stevens ao jornal Daily Mail, descrevendo um cenário sem precedentes, uma situação ímpar que precisava ser abordada com extremo profissionalismo. Stevens e sua equipe trataram cada aspecto do caso com o máximo cuidado, como faria com qualquer outra testemunha. O contexto, entretanto, estava longe de ser comum, a atmosfera estava carregada de expectativas e cada declaração era vital. Era essencial manter a objetividade, apesar da pressão pública e da magnitude do caso.
Aqueles que acompanhavam de perto sabiam exatamente à qual entrevista Stevens se referia. O famoso Scotland Yard, em sua constante busca pela verdade, estava aprofundando-se em uma teoria renovada sobre o trágico desfecho da princesa Diana e seu namorado, Dodi al-Fayed. Este caso, há tempos, alimentava o imaginário popular com inúmeras especulações e teorias alternativas.
Operação Paget
A morte de Diana em 1997, em um trágico acidente de carro, ressoou em todos os cantos do mundo. Ela era uma das mulheres mais icônicas e fotografadas de seu tempo. O luto foi global, as homenagens se multiplicaram e a necessidade de respostas se tornou premente. A comoção era imensa, e o mundo queria compreender os detalhes do ocorrido. Investigar as circunstâncias de sua morte era crucial para responder às inúmeras questões que surgiram, e para trazer algum grau de consolo a todos que lamentavam a sua perda.
Demonstrando a seriedade do caso, Scotland Yard decidiu montar uma equipe dedicada exclusivamente à investigação, que foi nomeada “Operação Paget”. O que provavelmente eles não antecipavam era que, nesse intrincado caminho investigativo, teriam de fazer uma visita ao futuro monarca da nação.
Mohamed al-Fayed
Mohamed al-Fayed, pai de Dodi, tinha um interesse particular na Operação Paget. Ele queria respostas e estava intensamente envolvido em cada etapa da investigação. Stevens o mantinha informado sobre os progressos do caso, mas Mohamed era um elemento volátil, suas reações imprevisíveis. Sua dor era evidente e seus anseios por respostas claramente intensos. Cada revelação era meticulosamente analisada, enquanto ele buscava entender os eventos que levaram à tragédia.
Mohamed al-Fayed, pai de Dodi, nunca escondeu suas convicções. Ele, reiteradas vezes, manifestou à imprensa uma firme crença de que seu filho e Diana não encontraram seus fins devido a um simples acidente. Na visão de Mohamed, havia algo mais sinistro por trás: um assassinato.
Guardiões de segredos
O dia em que Stevens entrou no Palácio de St. James para entrevistar o Príncipe Charles permanece vívido em sua memória. O som dos passos ecoando pelos corredores, a antecipação no ar, cada detalhe estava impregnado de significado. A equipe real foi meticulosa, mantendo o encontro em sigilo absoluto, inclusive de outros membros da Operação Paget. A segurança era prioritária e a atmosfera, densa. Todos os protocolos foram rigorosamente seguidos, cada precaução foi tomada.
Dentre todos os envolvidos no caso, apenas um seleto grupo estava ciente de certos detalhes: o príncipe Charles, Lord Stevens, DCS Dave Douglas, seu fiel assistente, e o secretário particular de Charles, Sir Michael Peat. Era como uma cena de um filme de suspense, repleta de mistério e tensão palpável.
Máximo sigilo
Naquele 6 de dezembro de 2005, a agenda de Charles estava repleta de compromissos. Quando a noite chegou, ele tinha um evento da Prince’s Regeneration Trust para participar. Porém, o encontro com os detetives foi cuidadosamente omitido do Court Circular, um documento que mantém a equipe real e a imprensa informados sobre as atividades da família real. Este documento é vital para a coordenação e transparência das ações reais, e a exclusão da entrevista indicava o nível de sigilo envolvido.
Era evidente a todos eles a importância de manter esse encontro em segredo. Revelar tais informações poderia não apenas prejudicar a investigação, mas também abalar a monarquia. A discrição não era apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa.
Feliz Natal
Quando os detetives chegaram ao bem guardado palácio, foram recebidos por Michael Peat. A caminhada silenciosa pelas diversas salas revelou uma preparação para um jantar de Natal, com decorações festivas e chapéus espalhados. Este ambiente festivo contrastava com a tensão da visita. Cada passo ecoava pelos salões, cada detalhe observado, enquanto eles aguardavam para se encontrar com Charles.
Apesar da gravidade do encontro, o contexto não poderia ser menos solene. O que os detetives traziam para discussão naquele dia não era motivo de celebração, mas um assunto profundamente sério e sombrio.
A reunião
A sala de estar de Charles estava carregada de expectativa quando eles aguardavam. Quando ele finalmente entrou, cumprimentou: “É bom vê-lo novamente, Lord Stevens. Como está indo a investigação?” Cada troca de palavras era cuidadosa, cada resposta medida. O reencontro estava carregado de formalidade e de subtextos, e a tensão era quase tangível. As questões eram diretas, as respostas, ponderadas.
Charles, mostrando sua característica postura real, indagou: “O que você precisa de nós hoje?” Em resposta, Stevens entregou a ele um documento que evocava memórias de um tempo tumultuado, repleto de escândalos e sofrimento. Uma única nota que tinha o potencial de redefinir muitos acontecimentos.
A babá
A nota de 1996 era reveladora. Diana, na época, estava convencida de que Charles estava tendo um caso, mas não com Camilla. Os rumores se espalhavam, as especulações cresciam e Diana estava no centro de todas essas tempestades. Seu mundo estava cheio de suspeitas, cada olhar, cada palavra tinha um peso. A atmosfera era de intriga e mistério.
No centro desse furacão estava Tiggy Legge-Bourke, a jovem babá contratada por Charles para cuidar dos príncipes William e Harry. A menção de seu nome trouxe à luz várias questões anteriormente não abordadas, revelando uma face surpreendentemente complexa da história.
A influência de Tiggy
Desde o início, Diana mostrava ciúmes de Tiggy, mas não devido a uma suposta relação dela com Charles. Os sentimentos eram intensos, as tensões eram palpáveis. Diana estava constantemente sob os holofotes, e cada movimento seu era analisado. Tiggy se tornou um foco de sua atenção e desconfiança, cada interação era observada e cada gesto, interpretado.
O que verdadeiramente atormentava Diana era a aparente facilidade com que seus filhos, William e Harry, se afeiçoaram a Tiggy. Em meio ao divórcio conturbado entre Diana e Charles, Tiggy emergiu como uma figura de estabilidade para os jovens príncipes. A mera ideia de outra mulher desempenhando um papel maternal em relação a seus preciosos filhos era insuportável para Diana.
Estirpe aristocrática
Tiggy, ou Alexandra, como era seu verdadeiro nome, era a babá ideal para a família real: jovem, alegre e de origem aristocrática. Sua presença era uma adição bem-vinda à vida dos príncipes, trazendo alegria e leveza. Seu papel era de grande importância, e sua abordagem à vida era apreciada. Ela trazia uma energia positiva para o ambiente real, uma luz em meio às sombras.
Tiggy não era uma estranha para a realeza. Sua mãe serviu como dama de companhia da Princesa Anne e seu irmão desempenhou o papel de pagem para a Rainha. Ela, inclusive, frequentou a mesma escola de etiqueta que Diana. Parecia que as estrelas haviam alinhado perfeitamente para inserir Tiggy no seio da família real.
A mãe substituta
Tiggy tinha muitas semelhanças com Diana, mas sua abordagem à vida parecia ser mais despreocupada. Ela tinha a liberdade de levar os príncipes para passeios e era vista como uma “mãe divertida”. Enquanto Diana estava mergulhada em seus próprios dilemas, Tiggy trazia alegria e diversão. Ela era um sopro de ar fresco, uma presença animadora para os jovens príncipes.
Para adicionar mais lenha à fogueira das tensões, em uma ocasião, Tiggy referiu-se a Harry e William como “meus bebês”. Tal declaração, embora parecesse inocente, tinha o potencial de incendiar ainda mais os ânimos já acirrados.
O ódio da Diana
Parecia que Diana tinha aversão ao fato de Tiggy fumar perto das crianças e permitir que elas saíssem para caçar. Esses detalhes tornavam-se fontes de tensão e desagrado. Diana era protetora e tinha seus próprios padrões sobre como seus filhos deveriam ser criados. Cada ação de Tiggy era observada e cada decisão, questionada. A dinâmica entre as duas era complicada.
Foi somente após uma longa espera e muitas especulações que, em agosto de 2021, Lord Stevens decidiu abrir o jogo. Ele detalhou à mídia o incidente com uma riqueza de informações nunca antes vista, ressaltando assim a gravidade e a necessidade do sigilo que envolveu aquele encontro particular.
Querendo respostas
No livro “Shadows of a Princess”, lançado em 2000, Jephson detalhou muitos aspectos da vida de Diana. Cada capítulo trazia revelações, cada página iluminava um pedaço da complexa tapeçaria que era a vida da princesa. Através de suas palavras, o mundo teve um vislumbre do turbilhão emocional e dos desafios enfrentados por Diana. Era uma visão íntima de uma vida extraordinária, repleta de altos e baixos.
Ao olhar mais atentamente para o contexto, era evidente a que entrevista Stevens fazia referência. O renomado Scotland Yard estava em pleno processo investigativo de uma teoria renovada acerca da dolorosa morte da princesa Diana e de seu namorado, Dodi al-Fayed. Este caso, já carregado de emoções, intrigas e teorias da conspiração, continuava a ser um epicentro de curiosidade e debate público.
Uma fantasia falsa
Contudo, o cenário se mostrava ainda mais complexo e tumultuado. Jephson, em suas revelações, apontou que Diana, além de se sentir crescentemente alheia quanto às decisões relacionadas aos seus próprios filhos, começava a ser tomada por sentimentos de paranoia em relação à Tiggy, uma figura que se tornara central em seu imaginário.
Mostrando o quão seriamente estavam levando o caso, Scotland Yard montou uma equipe de especialistas, batizando a investigação de “Operação Paget”. E, embora estivessem acostumados a enfrentar desafios, provavelmente não esperavam que, em sua busca por respostas, acabariam por ter um encontro com alguém destinado a ser o próximo rei.
A festa
A Princesa Diana estava não apenas convencida, mas profundamente abalada com a ideia de que Tiggy e Charles tinham tido um caso. Mais do que isso, a suspeita de que Tiggy chegara a engravidar e, posteriormente, optara por um aborto, consumia seus pensamentos.
Mohamed al-Fayed nunca se retraiu ou hesitou em expressar suas opiniões. Reiteradamente, ele se posicionava perante a mídia, afirmando sua firme crença de que a morte de seu filho e da princesa não era um mero acidente. Para ele, os fatos apontavam para uma sinistra trama de assassinato.
Contratando advogados
Ao tomar conhecimento desses rumores, Tiggy, em uma tentativa de proteger sua imagem e integridade, buscou aconselhamento legal. Ela estava determinada a colocar um fim nas especulações e evitar que Diana propagasse ainda mais essa narrativa.
Neste intrincado cenário, somente um restrito grupo estava plenamente informado sobre os pormenores da investigação: o príncipe Charles, Lord Stevens, seu confiável assistente, DCS Dave Douglas, e o secretário pessoal de Charles, Sir Michael Peat. Os quatro compartilhavam um peso enorme, vivendo momentos carregados de mistério, pressão e uma tensão quase palpável.
Uma confusão emocional
Uma carta veio a esclarecer mais sobre o suposto episódio do aborto. Nela, constava que, na data em que o suposto procedimento teria ocorrido, Tiggy estava em Highgrove, acompanhando os príncipes William e Harry, tornando inviável a ocorrência do evento.
Uma coisa estava clara para todos eles: este não era um evento que poderia ser revelado ao mundo. O sigilo não era apenas preferível, mas sim, absolutamente essencial. Revelações prematuras poderiam colocar todo o esforço investigativo em risco.
A acusação
Neste ambiente carregado de tensões, desconfianças e agravantes, foi que Diana sentiu-se compelida a escrever a nota que, futuramente, atrairia os olhares atentos da Scotland Yard. Era um registro de seus sentimentos e suspeitas naquele turbulento período.
E, ao se reunirem, não estavam lá para celebrar ou discutir trivialidades. Os detetives carregavam um assunto de extrema gravidade. Era uma discussão densa, permeada por momentos de seriedade e introspecção.
Sendo usado
Na intrigante nota de Diana, a princesa delineava um cenário sombrio: “Falha nos freios e grave lesão na cabeça”, tudo orquestrado, segundo ela, para permitir que Charles casasse com Tiggy. E, surpreendentemente, ela acrescentava que Camilla era apenas um mero desvio de atenção, e que ela, Diana, estava sendo usada de todas as formas imagináveis.
Em meio ao silêncio e expectativa, Charles indagou: “O que vocês necessitam de nós neste momento?” Em resposta, Stevens, com um semblante sério, apresentou um documento que evocava um passado tumultuado, repleto de controvérsias e tristezas. Era um pedaço de papel que, em suas mãos, poderia reescrever a história.
O triângulo amoroso
O que tornava a situação ainda mais intrincada e dolorosa é que Charles, de fato, estava envolvido amorosamente com Camilla. Diana não apenas sabia, mas trouxe essa realidade à tona em 1995, em uma entrevista que reverberou pelo país, conduzida pelo repórter da BBC, Martin Bashir.
Um nome surgiu como foco principal da discussão: Tiggy Legge-Bourke. Ela, a jovem babá que Charles confiou para cuidar de seus filhos, William e Harry, estava agora no centro de uma tempestade de alegações e emoções. A menção dela despertou uma série de questionamentos, abrindo uma caixa de Pandora repleta de surpresas.
Os inimigos da Di
Em sua carta, Diana também fazia um apelo direto a Charles. Em um trecho bastante tocante, ela dizia: “Por 15 anos, fui submetida a maus tratos, físicos e psicológicos, por um sistema opressor, mas não guardo rancor… Minha força interior me sustenta, e talvez essa seja a grande ameaça para aqueles que desejam me ver derrotada”.
A ferida aberta no coração de Diana era evidente. O fato de seus amados filhos, William e Harry, terem se ligado tão rapidamente a Tiggy era algo que a atormentava profundamente. Em meio à turbulência do divórcio, Tiggy emergiu como uma presença constante e reconfortante para os príncipes. A mera ideia de outra figura feminina exercendo um papel materno em relação a seus filhos era algo que Diana encontrava difícil de aceitar.
A maior questão
O trágico destino de Diana, que acabou de maneira tão semelhante à que ela havia aludido na carta, fez com que o documento ganhasse uma importância e relevância inimagináveis, tornando-se objeto de fascínio e especulação.
E Tiggy não era uma estranha no universo da realeza. Sua mãe teve a honra de servir como dama de companhia da Princesa Anne e seu irmão teve o privilégio de ser pagem da Rainha. Adicionalmente, ela e Diana compartilhavam uma formação semelhante, tendo ambas frequentado a mesma prestigiada escola de etiqueta. Parecia que o destino tinha, de alguma forma, tecido seus caminhos juntos.
Envolvimento do Burrell
Antes mesmo que os detetives pudessem analisar profundamente o conteúdo da carta, a mídia já estava a par de seus detalhes, graças a Paul Burrell. Era ele o destinatário original da missiva, e optou por compartilhar seu teor com a imprensa em 2003.
Como se a situação já não fosse tensa o suficiente, Tiggy, em sua inocência ou imprudência, chegou a se referir a Harry e William usando as palavras “meus bebês”. Tal declaração, mesmo que dita em um contexto de carinho, serviu apenas para agitar ainda mais as águas já turbulentas do relacionamento entre ela e Diana.
Um Dever Real
Coincidência ou estratégia, no mesmo ano, Burrell lançou seu livro “A Royal Duty”. A obra abordava, entre outros tópicos, o estado emocional de Diana quando escreveu a carta. Segundo ele, Diana acreditava que forças ocultas, uma “brigada anti-Diana”, estavam empenhadas em sabotar sua imagem pública.
Sempre que ela se movia ou falava, sentia os olhos do mundo sobre ela. A sensação constante de estar sob um microscópio era intensa, fazendo-a acreditar que cada passo e palavra eram meticulosamente analisados, levando muitas vezes a mal-entendidos e julgamentos precipitados. Esse nível de escrutínio fazia com que se sentisse aprisionada em sua própria vida.
A entrevista começa
Anos após todo o tumulto, Lord Stevens decidiu compartilhar com o Daily Mail os eventos e conversas que ocorreram nos bastidores do palácio, após a leitura da polêmica nota para Charles.
Em meio à tensa atmosfera, Stevens, tentando esclarecer um ponto crucial, questionou: “Por que, em sua opinião, a princesa redigiu essa nota, senhor?” O Príncipe Charles, claramente surpreendido, contrapôs: “Essa é a primeira vez que ouço falar dela, só soube através da imprensa.” A tonalidade em sua voz revelava uma sincera surpresa, como se ele também estivesse sendo pego de surpresa por tal revelação.
Incapaz de responder
Durante as investigações, o príncipe Charles foi enfático ao comunicar aos detetives que nunca havia debatido o conteúdo da carta com Diana. Além disso, afirmou que, até o momento, desconhecia completamente sua existência.
Seu rosto expressava genuína perplexidade, tão evidente quanto o espanto dos próprios investigadores presentes. Ao final da tensa conversa, Stevens seguiu o protocolo e inquiriu: “Há algum outro detalhe ou informação que gostaria de compartilhar conosco, Alteza?” Charles, mantendo-se firme em sua posição, deu uma resposta concisa e clara: não.
Nada a esconder
Após uma análise profunda e uma série de conversas, Stevens deixou o encontro com uma certeza em seu coração: Charles não tinha qualquer envolvimento no trágico destino de Diana.
Posteriormente, em uma entrevista concedida ao “Mail”, Stevens relatou: “O príncipe foi extremamente colaborativo ao longo de toda a nossa conversa. Sua postura transparente e direta reforçou a ideia de que não havia nada a ocultar.” Um transcript oficial desse encontro foi, posteriormente, enviado a Charles, que o validou com sua assinatura. Contudo, de forma surpreendente, esse documento desapareceu dos registros da Scotland Yard, alimentando especulações e teorias da conspiração.
Desaparecimento misterioso
Uma informação bombástica veio à tona através de uma fonte anônima, que revelou ao Daily Mail sobre o documento: “O conteúdo é explosivo e perturbador. Qual comissário, em sã consciência, gostaria de ser o responsável por guardar tal declaração?”
Hoje, o tão falado documento repousa nos Arquivos Nacionais em Londres, protegido e longe dos olhos curiosos do público, com previsão de acesso apenas em 2038. Mas e quanto à nota original, repleta de informações potencialmente bombásticas? O destino dela permanece envolto em mistério, e ninguém parece saber seu paradeiro exato.
O fim da investigação
Em dezembro de 2006, uma das investigações mais aguardadas chegou ao seu fim: a Operação Paget. Lord Stevens, responsável por liderar o inquérito, fez questão de compartilhar de forma detalhada as descobertas de sua equipe com a mídia, buscando elucidar todas as dúvidas que pairavam no ar sobre o trágico destino da princesa Diana.
Com uma postura séria e determinada, ele fez questão de esclarecer à imprensa: “Baseados nas evidências que conseguimos coletar até o presente momento, podemos afirmar categoricamente que não houve uma conspiração com o intuito de eliminar qualquer um dos ocupantes daquele fatídico veículo. Estamos, infelizmente, diante de um trágico acidente.”
O trágico erro
Em meio ao turbilhão de especulações e teorias, Stevens fez uma reflexão: “Dedicamos muito tempo e esforço na busca pela verdade. Espero, do fundo do meu coração, que todo o empenho da equipe e a publicação deste relatório tragam um sentimento de encerramento e paz para todos os envolvidos e afetados por este triste episódio.”
Não parando por aí, ele trouxe à tona um fator crucial que, possivelmente, teve um papel determinante no destino de Diana, Dodi e do motorista: “Se todos estivessem utilizando seus cintos de segurança naquele momento, é plausível acreditar que o desfecho poderia ter sido diferente, e talvez eles estivessem vivos hoje.”
Uma última questão
Com o fim da Operação Paget, parecia que, finalmente, o caso da morte de Diana estava encerrado aos olhos da justiça. Contudo, o fascínio do público pela sua vida, suas lutas e seu legado estava longe de se extinguir. A princesa do povo ainda ocupava corações e mentes ao redor do mundo.
Na verdade, uma segunda investigação foi lançada e, à medida que os eventos se desenrolavam, tornou-se evidente que esta se transformara em um escândalo de proporções gigantescas. A sociedade estava em choque, e as manchetes dos jornais eram dominadas por este tópico. No desfecho dessa investigação, surgiu uma resposta esclarecedora para uma questão que intrigava a muitos: “Por que Diana estava convencida de que Tiggy Legge-Bourke teve um envolvimento amoroso com Charles?” A resposta a essa pergunta acabou por ser crucial para entender a complexidade dos eventos.
Mentiras graves
Uma parte significativa desse fascínio pode ser atribuída à entrevista televisiva que Diana concedeu em 1995. Nela, ela se abriu sobre os desafios de seu casamento com Charles e a presença de Camilla. Martin Bashir, o jornalista que conduziu a entrevista, ganhou notoriedade global, tornando-se um nome associado à coragem de Diana em confrontar a monarquia.
Após uma análise cuidadosa, veio à tona um fato surpreendente: ele havia distorcido a verdade de maneira dramática. Sua abordagem foi meticulosamente planejada para convencê-la a conceder a entrevista. Ele não hesitou em alterar os fatos para obter o que desejava, mostrando uma falta de integridade e ética profissional.
Fraude documental
No entanto, com o passar do tempo, um escândalo surgiu: Bashir foi acusado de utilizar táticas desonestas para garantir a entrevista. Entre elas, apresentou a Diana um extrato bancário falsificado, insinuando que Patrick Jephson, juntamente com outros, haviam sido subornados para espionar a princesa.
Quando abordamos a percepção de Diana sobre Tiggy Legge-Bourke, um novo capítulo de drama foi revelado. Não era apenas uma simples opinião ou suspeita. Ao que tudo indica, Diana havia sido sutilmente manipulada, levada a acreditar em histórias e insinuações falsas sobre Tiggy. Essas mentiras, semeando desconfiança e mágoa, causaram grande tumulto em sua vida.
A verdade vem à tona
Com base nas novas revelações, começou-se a questionar a profundidade das manipulações de Bashir. Embora já fosse conhecido o desagrado de Diana em relação a Tiggy, as ações do jornalista podem ter inflamado ainda mais essa aversão. Bashir, em seu jogo de enganos, chegou a forjar um “recibo”, sugerindo que Tiggy teria passado por um procedimento de aborto.
A verdade, quando revelada, foi um balde de água fria para muitos. Diana foi levada a acreditar em algo que não correspondia à realidade. Manipular informações, sobretudo em assuntos tão delicados e pessoais, é algo extremamente preocupante. Essa distorção não apenas afetou a imagem de Tiggy perante o público, mas também causou fissuras nas relações dentro do seio da família real.
A dor do William
Ao serem reveladas as artimanhas de Bashir, o Príncipe William, filho de Diana, sentiu-se impelido a se pronunciar. Com um tom sério e pesaroso, ele afirmou: “A entrevista de minha mãe, conduzida sob circunstâncias enganosas, teve um impacto negativo irreversível no casamento dos meus pais e, infelizmente, afetou e magoou inúmeras outras pessoas.”
“É de partir o coração saber que falhas e irresponsabilidades da BBC desempenharam um papel tão significativo no crescente medo, paranoia e sensação de isolamento que vi em Diana durante seus últimos anos.” Ao ouvirmos estas palavras do príncipe, somos levados a refletir sobre a magnitude do impacto que essa entrevista causou. Não afetou apenas Diana, mas também seus filhos e todos aqueles que estavam de alguma forma ligados a ela.
Um crime
Lord Stevens, em uma entrevista ao Daily Mail, não poupou palavras ao comentar sobre as manipulações de Bashir. Ele ressaltou: “Se naquela época soubéssemos que Bashir havia apresentado documentos falsos a Diana, o que é claramente um ato ilícito, teríamos aprofundado nossa investigação nessa direção.”
“Se tivéssemos conhecimento disso, com certeza teríamos agido de forma diferente. Seria fundamental para a investigação esclarecer cada detalhe e nuances da situação.” A ideia de que tal falsificação poderia ter ocorrido é gravíssima. Se essa informação tivesse vindo à luz mais cedo, o rumo das investigações poderia ter sido drasticamente alterado.
A paranoia da Diana
Stevens continuou sua reflexão, ponderando sobre o propósito da entrevista: “Anteriormente, tínhamos a impressão de que o encontro entre Bashir e Diana era apenas uma oportunidade para que ela compartilhasse sua visão sobre seu tumultuado casamento com o Príncipe Charles. A verdade, contudo, mostrou-se bem mais complexa.”
“Há quem especule que Bashir tenha encontrado Diana em um momento de fragilidade em sua vida. Talvez ele tenha intensificado seu estado emocional já delicado, ou até mesmo tenha sido a fonte de sua crescente paranoia.” Quanto a Tiggy, é importante destacar que ela permanece sendo uma figura presente na vida de William e Harry. Independentemente dos rumores e da tensão com Diana, ela sempre teve um vínculo forte e afetuoso com os dois príncipes.
A nova geração
Em uma reviravolta surpreendente, Tiggy, figura central em muitos dos rumores envolvendo Diana, tornou-se madrinha de Archie, primogênito do Príncipe Harry. Se Diana ainda estivesse entre nós, podemos apenas especular sobre seus sentimentos em relação a essa escolha. Talvez ressentimento, ou talvez perdão. Mas uma certeza permanece: seu amor incondicional e sua devoção a seus filhos nunca vacilaram.
Apesar de serem apenas especulações, há quem afirme que Diana tratava seus filhos de maneira distinta. Poderia ter sido influência de Tiggy ou apenas uma percepção externa, mas alguns alegam que a princesa do povo parecia ter uma afeição mais acentuada por um dos irmãos. A verdade, como sempre, pode ser mais complexa do que as aparências sugerem.